ROCKET AF: Rivaroxaban versus Warfarin in Nonvalvular Atrial Fibrillation

ROCKET AF: rivaroxabana para prevenção contra o AVC na fibrilação atrial

  • Fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum e aumenta consideravelmente o risco de AVC
  • Fatores de risco adicionais como idade, sexo e condições médicas concomitantes (incluindo insuficiência cardíaca e diabetes mellitus) agravam o risco de AVC
  • Os antagonistas da vitamina K, como a varfarina e acenocumarol, são o padrão atual de tratamento para prevenção de AVC na FA mas sua administração é desafiadora na prática clínica
  • Embora os antagonistas da vitamina K sejam eficazes eles têm um perfil farmacológico imprevisível que necessita de monitoramento de rotina da coagulação e ajuste de dosagem a fim de garantir que os pacientes continuem dentro da faixa terapêutica
  • Apesar das recomendações das diretrizes, menos de 55% dos pacientes com FA que precisam da anticoagulação a recebem
  • Apenas 1 em 10 pacientes com FA estavam recebendo anticoagulação adequada no momento do primeiro AVC

ROCKET AF: rivaroxabana uma vez ao dia versus varfarina com ajuste da dose

ROCKET AF comparou a eficácia e segurança de rivaroxabana uma vez ao dia com a varfarina para a prevenção do AVC e da embolia sistêmica em pacientes com FA não valvular para os quais as diretrizes de tratamento recomendam anticoagulação oral.
 
Objetivo
O objetivo principal do ROCKET FA era avaliar se rivaroxabana uma vez ao dia era não-inferior quanto varfarina com ajuste de dose para a prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com FA não valvular com alto risco de AVC.

Projeto do estudo

ROCKET AF foi um estudo prospectivo, randomizado, duplo cego, multicêntrico, grupo paralelo, controle ativo de 14.264 pacientes com FA não valvular e histórico de AVC, AIT ou embolismo sistêmico, ou com pelo menos dois fatores de risco para AVC. Os pacientes foram randomizados para receber:
  • Rivaroxabana 20 mg uma vez ao dia (15 mg uma vez ao dia para pacientes com dano renal moderado ao início do tratamento [clearance de creatinina de 30 a 49 ml/min.])
  • Varfarina administrada com a finalidade de obtenção de RNI de 2,5 (variação 2,0 a 3,0)
Para preservar o caráter cego do estudo, todos os grupos se submeteram ao monitoramento de rotina de coagulação conforme necessário com a varfarina. Os valores de controle do índice internacional normalizado foram fornecidos para os pacientes que receberam rivaroxabana.

 

Critérios de inclusão

O estudo foi projetado para avaliar uma população adulta de paciente com risco de FA de moderado a alto, persistente ou paroxístico e:
  • AVC, ataque isquêmico transitório ou embolismo sistêmico anteriores; ou
  • Dois ou mais fatores de risco para AVC incluindo: insuficiência cardíaca clínica e/ou fração de ejeção ventricular esquerda ≤35%, hipertensão, idade ≥75 anos ou diabetes mellitus
  • Pacientes com apenas dois fatores de risco de AVC foram limitados a 10% dentre a população total do estudo, com o restante dos pacientes necessitando três ou mais fatores de risco, ou com AVC, ataque isquêmico transitório, ou embolia sistêmico anteriores

Desfechos do estudo

  • O desfecho primário de eficácia era o desfecho composto por AVC (isquêmico ou hemorrágico) e embolia sistêmica
  • O principal resultado de segurança era a composição de sangramento grave e sangramento não grave clinicamente relevante
Original Article:

Rivaroxaban versus Warfarin in Nonvalvular Atrial Fibrillation

Manesh R. Patel et cols and the ROCKET AF Steering Committee for the ROCKET AF Investigators
N Engl J Med 2011; 365:883-891September 8, 2011

Fonte: Xarelto(R)

Rivaroxabana


A rivaroxabana é um inibidor direto altamente seletivo do fator Xa com biodisponibilidade oral.

Para relembrar, a ativação do fator X a fator Xa (FXa) por meio das vias intrínseca e extrínseca desempenha um papel central na cascata da coagulação sanguínea. O FXa converte diretamente a protrombina em trombina por meio do complexo de protrombinase e, finalmente, essa reação leva à formação do coágulo de fibrina e à ativação das plaquetas pela trombina.
Uma molécula de FXa é capaz de gerar mais de 1.000 moléculas de trombina pela natureza de amplificação da cascata da coagulação. Além disso, a taxa de reação do FXa ligado à protrombinase aumenta 300.000 vezes, em comparação à do FXa livre e causa uma descarga explosiva de geração de trombina. Os inibidores seletivos de FXa podem encerrar a descarga amplificada de geração de trombina.
Não há necessidade de monitorar os parâmetros de coagulação durante o tratamento com rivaroxabana.

Indicações atuais:

- Prevenção do tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes que se submetem à artroplastia eletiva do quadril ou do joelho.
- Tratamento da trombose de veia profunda (TVP), e prevenção da TVP recorrente e embolia pulmonar (EP) seguida de TVP aguda.
- Prevenção de AVC e embolia sistêmica em pacientes com fibrilação atrial não valvular.

AMPLIFY-EXT Fase 3


O estudo fase 3 AMPLIFY-EXT avaliou o tratamento com Eliquis (apixabana) durante um ano em comparação ao placebo para a prevenção de tromboembolismo venoso (TEV) recorrente. O estudo envolveu 2.486 pacientes que tinham de 6 a 12 meses de tratamento anticoagulante para TEV, trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP). Eliquis demonstrou superioridade em relação ao placebo na redução do TEV sintomático recorrente e morte por qualquer causa (11,6% no grupo que recebeu placebo versus 3,8 % no grupo que recebeu Eliquis 2,5 mg e 4,2% no que recebeu o de 5 mg), sem aumentar a taxa de sangramento do tipo major*.

Eliquis (apixabana) já é utilizado para evitar tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes submetidos à cirurgia de artroplastia total de joelho e quadril. Sua segunda indicação (prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial) foi aprovada no final de novembro pelo Comitê de Medicamentos para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

Clinical trials of extended apixaban, TrialResults-center www.trialresultscenter.org

Trial Treatments Patients Trials design and methods
extended apixaban vs placebo

More details and results :
antithrombotics for venous thrombosis in all type of patients at http://www.trialresultscenter.org/godirect.asp?q=101
antithrombotics for venous thrombosis in secondary prevention of VTE at http://www.trialresultscenter.org/godirect.asp?q=149new oral anticoagulants for venous thrombosis in all types of patients at http://www.trialresultscenter.org/godirect.asp?q=505

Comissão de Prevenção de Fenômenos Tromboembólicos faz campanha "Todos contra TEV"


:: Comissão de Prevenção de Fenômenos Tromboembólicos faz campanha "Todos contra TEV"
Neste mês de novembro, o Hospital Meridional completa dois anos da implantação do Protocolo de Prevenção de Fenômenos Tromboembólicos. Para enfatizar a importância da prevenção e tratamento da trombose, a comissão responsável – formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos – realiza na semana de 26 a 30 de novembro ações educativas para a assistência hospitalar e pacientes, com orientações e distribuição de panfletos e adesivos.

O Tromboembolismo Venoso ou TEV se dá pela formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo.  A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, por um trauma ou infecção e também pela lentidão ou parada do fluxo sanguíneo em determinado ponto do vaso.

De acordo com o médico da qualidade do Comitê de Qualidade do Hospital Meridional e anestesiologista, Dr. Pablo Gusman, o objetivo da campanha, em parceria com o Laboratório Sanofi para o programa TEV Safety Zone, é “alertar a sociedade para conhecimento da prevenção e dos sintomas do tromboembolismo venoso”.
O trabalho em conjunto com a Sanofi permitiu que o Meridional se tornasse referência nacional no combate aos casos de trombose. Para prevenir o risco de TEV, é feita a classificação do risco dos pacientes e a profilaxia com medicamentos, além de ações não-farmacológicas. Dessa forma, o hospital garante a recuperação do paciente antes e após uma cirurgia de médio ou grande porte ou mesmo em internações clínicas.

A campanha acontece também nas redes sociais por meio do twitter (@todoscontraTEV), blog (www.todoscontratev.com) e da página do facebook (Todos contra TEV).
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Risco de viagens prolongadas e TEV

Fonte da figura: G1

Projeto de lei prevê que empresa de transporte informe sobre tromboembolismo venoso - TEV! 

Aprovado por comissão do Senado, ele pode seguir a sanção presidencial.

TEV pode aparecer durante viagens mais longas.

Projeto de lei aprovado pelo Senado nesta quarta-feira, 21 de novembro, pode obrigar empresas de transporte coletivo a orientar passageiros sobre medidas a serem adotadas durante as viagens para evitar a trombose venosa profunda, que é causada pela formação de coágulos nas veias, de acordo com informações da Agência Senado.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou a proposta em decisão terminativa. Se não houver recurso para levar o projeto a votação em plenário, ele poderá seguir para a sanção da presidente Dilma Rousseff. O texto inicial é do agora ex-deputado Ciro Pedrosa (PV-MG).

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Hospital Meridional é Safety Zone


Comissão de Prevenção de fenômenos tromboembólicos faz campanha “Todos contra TEV”

Neste mês de novembro, o Hospital Meridional completa dois anos da implantação do Protocolo de prevenção de fenômenos tromboembólicos. O Tromboembolismo venoso ou TEV se dá pela formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo. A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, por um trauma ou infecção e também pela lentidão ou parada do fluxo sanguíneo em determinado ponto do vaso.

 Para enfatizar a importância da prevenção e tratamento da trombose, a comissão responsável – formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos – realiza na semana entre 26 e 30 de novembro ações educativas para a assistência hospitalar e pacientes, com orientações e distribuição de panfletos e adesivos.

De acordo com o médico da qualidade do Comitê de Qualidade do Hospital Meridional e anestesiologista, Dr. Pablo Gusman, o objetivo da campanha, em parceria com o Laboratório Sanofi para o programa TEV Safety Zone, é “alertar a sociedade para conhecimento da prevenção e dos sintomas do tromboembolismo venoso”.O trabalho em conjunto com a Sanofi permitiu que o Meridional se tornasse referência nacional no combate aos casos de trombose. Para prevenir o risco de TEV, o Meridional realiza a classificação do risco dos pacientes e faz a profilaxia com medicamentos, além de ações não-farmacológicas. Dessa forma, o hospital garante a recuperação do paciente antes e após uma cirurgia de médio ou grande porte ou mesmo em internações clínicas. A campanha acontece também nas redes sociais por meio do twitter (@todoscontraTEV), blog (www.todoscontratev.com) e da página do facebook (Todos contra TEV).

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Trombose! Saiba como prevenir!

Previna-se de trombose em voos de longa duração


Mantenha uma boa circulação sanguínea durante voos de longa duração

Alongamentos e hidratação ajudam na prevenção da formação de coágulos e trombose durante sua viagem

A falta de mobilidade em longos voos favorece a formação de coágulos nas veias das pernas (trombose venosa profunda). Estes coágulos podem ser deslocados pela circulação, indo invariavelmente parar nos pulmões (embolia pulmonar). Caso o volume de coágulos que chega aos pulmões seja muito grande, a oxigenação do sangue pode ser dramaticamente prejudicada e até mesmo interrompida e levar à morte.
Para combater esse problema que pode levar a morte, existem algumas medidas simples que são essenciais para evitar a trombose venosa associada a vôos longos. Leia abaixo:

Hidrate-se: Beba água e sucos regularmente. Quando você está bem hidratado é como se estivesse diluindo o sangue. Este se torna menos viscoso, diminuindo o risco de trombose.

Evite bebidas alcoólicas e café em excesso: Ambos ajudam na desidratação do corpo com o efeito inverso ao desejado para prevenção.

Movimente-se: Não fique na poltrona o voo inteiro. É muito importante que você ande pelos corredores a cada duas horas, ativando os músculos das pernas e assim beneficiando a circulação sanguínea. Evite o uso de medicamentos que produzem sono e faça com que você fique parada no seu assento.

Exercite-se: Mesmo sentado você pode estimular sua circulação por meio de exercícios simples: contraia e relaxe os dedos dos pés, como se estivesse tentando pegar algo com eles. Levante os pés do chão alternadamente (uma perna de cada vez). Fique na ponta dos pés alternadamente. Faça dez repetições de cada um desses exercícios a cada hora. 

Meias elásticas: São meias bastante úteis na compressão das veias das pernas, promovendo melhora na circulação. Mas não as use sem antes procurar a orientação de um cirurgião vascular. A escolha de modelos inadequados ou o mau uso das meias elásticas podem ser prejudiciais.

Medicamentos: Apenas em situações extremas é necessário o uso de medicamentos anticoagulantes para prevenir a Síndrome da Classe Econômica, característica de passageiros que viajam por longas distâncias e em pequeno espaço nos assentos. E estes devem ser obviamente prescritos por um médico. É extremamente desaconselhável o uso destes medicamentos sem a devida orientação médica, pois podem ter efeitos colaterais fatais.  

Aproveite sua viagem e siga as orientações para que você volte com saúde e segurança.
Fonte:
http://www.minhavida.com.br/
http://www.trombose.com.br/

Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose


Dia 16 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, instituído oficialmente pelo governo brasileiro. Assim como o infarto do miocárdio e as infecções hospitalares, a Trombose Venosa Profunda, e sua principal complicação, a Embolia Pulmonar, fazem parte da lista das doenças mais prevalentes em pacientes hospitalizados e estão entre as principais causas de óbito hospitalar. 

Somente o Tromboembolismo Venoso (TEV) – termo usado para descrever a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar é responsável por 10% dos óbitos em hospitais. O TEV é considerado hoje um grande problema de saúde pública e traz impacto social e econômico para os governos.  No Brasil, dados do SUS mostram que, entre janeiro de 2008 e agosto de 2010, por exemplo, foram gastos R$ 46.673.330,73 com internações por tromboembolismo venoso. 

Fatores de Risco: 

Há vários fatores de risco associados ao tromboembolismo venoso, que predispõem o indivíduo à doença, como idade acima de 40 anos, obesidade, imobilidade, presença de varizes nas pernas, entre outros. Porém, têm mais chances de desenvolver o TEV os pacientes que combinam esses fatores de risco com a mobilidade reduzida devido a uma cirurgia, por exemplo, ou qualquer situação que o obrigue a ficar determinado tempo imobilizado como viagens longas (aérea e ônibus ), paralisias etc). No protocolo de prevenção de TEV operacionalizado pela SAEL, Serviço de Anestesia Espirito Santense, no Hospital Meridonal, o anestesista realiza a classificação do risco e dá a primeira dose quando indicada.

Para acompanhar notícias e dicas para desenvolver a prevenção, vá ao blog Todos contra TEV.

Ficam as dicas sobre os pacientes sob risco de desenvolver o TEV: 

Tabagistas
Idade acima de 40 anos
Excesso de peso (obesidade)
Presença de varizes nas pernas
Gravidez (risco quatro vezes maior)
Pós-parto (3-5 vezes maior do que na gravidez )
Diversos tipos de câncer: as células cancerosas podem levar a um estado de hipercoagulabilidade do sangue 
AVC (Acidente Vascular Cerebral)
Traumatismos, principalmente nas extremidades inferiores (risco de TVP por volta de 70% )
Doenças crônicas, como a insuficiência cardíaca e doenças pulmonares crônicas
Doenças agudas, como o infarto do miocárdio, e infecções, como pneumonia
Uso de medicações, como contraceptivos orais, quimioterápicos e tratamento hormonais
Fraturas ósseas

Um pouco sobre o Tromboembolismo Venoso: 

O Tromboembolismo Venoso (TEV) é um termo usado para descrever o bloqueio do fluxo de sangue dentro de um vaso sanguíneo por um coágulo ou trombo, que apresenta duas manifestações distintas: a Trombose Venosa Profunda (TVP), quando surge a formação do coágulo na veia profunda da perna, coxa ou pelve, e a sua maior complicação, a Embolia Pulmonar, quando o trombo cai na circulação sanguínea e segue em direção aos pulmões. Dependendo do grau de obstrução nos pulmões, os sinais podem variar deste uma respiração mais curta até sintomas graves, muitas vezes fatais.  

Referências 

1. Geerts WH, e tal. Prevention of venous thromboembolism: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines (8th Edition). Chest. 2008;133(6 Suppl):381S-453S. 
2. Wheeler AP. Identifying at-risk patients for venous thromboembolism prophylaxis. In: Merli GJ, ed. Thrombosis Prophylaxis of Venous Thromboembolism. Bridgewater, NJ: Elsevier; 2005 . p. 9- 
3. Geerts WH, et al. Prevention of venous thromboembolism: the Seventh ACCP Conference on Antithrombotic and Thrombolytic Therapy. Chest. 2004;126(3 Suppl):338S-400S.

Notícia: Nova era na prevenção de trombose

- Nova era na prevenção de trombose.20/06/2012
A cada 37 segundos, uma pessoa morre no mundo devido a complicações do tromboembolismo venoso, um mal silencioso e de difícil diagnóstico. Uma substância surge com a proposta de reduzir o problema.
Belo Horizonte — Terceira doença cardiovascular mais frequente no mundo, depois da isquemia do coração e do acidente vascular cerebral (AVC), o tromboembolismo venoso (TEV) mata 1 milhão de pessoas todos os anos no Estados Unidos e na Europa. Caracteriza-se pela obstrução das veias profundas por um trombo (coágulo de sangue), mais frequentemente na perna ou na coxa do paciente, podendo evoluir para a embolia pulmonar, quando um pedaço do trombo ou mesmo o trombo inteiro (êmbolo) se solta e chega ao pulmão, bloqueando um ou mais vasos e afetando a circulação, podendo causar danos aos pulmões e a outros órgãos vitais e até morte súbita.

O trombo se forma quando a fibrina, uma proteína do organismo, constrói uma rede e retém hemácias, plaquetas e leucócitos. Trata-se de um exagero na coagulação do sangue, que deveria se limitar a fechar lesões que possam ocorrer na parede do vaso sanguíneo. Diminuição do fluxo sanguíneo (frequente em pessoas com varizes acentuadas) e hipercoagulabilidade (percebida em pessoas com doença genética, em usuários de drogas e em grávidas) aumentam as chances de desenvolver o TEV. Outros fatores de risco são idade, obesidade e tabagismo. As situações mais comuns para gerar um tromboembolismo são a mobilidade reduzida por longo período, voos com mais de oito horas de duração, cirurgias ortopédicas, câncer e quimioterapia, anestesia geral, doenças cardiovasculares e insuficiência venosa. 

As tromboses das veias do membro superior também ocorrem com alguma frequência e são desencadeadas principalmente por injeções e por catéteres colocados nos braços de pacientes hospitalizados. No Brasil, a prevalência de TEV é de uma a duas pessoas para cada mil. No mundo, o problema mata 850 mil pessoas por ano, uma a cada 37 segundos. O tratamento mais comum é feito pela varfarina, descoberta há 50 anos. Aprovada no Brasil, para uso nas cirurgias ortopédicas de grande porte, a rivaroxabana surge como inovação do procedimento. Segundo estudos, ela reduz o risco de tromboembolismo venoso total em 70% dos casos de cirurgia de artroplastia total de quadril e em 50% na de joelho.  

Comum em parto

As consequências para a formação do trombo, assintomático em 80% dos casos, são a dissolução pelo próprio organismo por meio do sistema fibrinolítico, que é uma espécie de limpador dos vasos; a obstrução causando a síndrome pós-flebítica e a embolização, que mata em 30% dos casos. O TEV causa mais mortes que o câncer de mama e a Aids, e é a razão de óbito mais comum durante o parto e o puerpério. 

Por conta das dificuldades em diagnosticá-la, o ideal é o médico solicitar a realização de exames específicos, como o doppler, e levar em consideração a avaliação clínica e os fatores de risco. O uso de métodos mecânicos, como meia elástica, compressão pneumática intermitente e bombas de impulsão venosa, auxilia na prevenção. 

Os principais sintomas da trombose venosa profunda são dor e inchaço, que podem surgir juntos. A dor, em geral, começa sem causa aparente nos músculos da panturrilha e se intensifica com a movimentação. Pode aparecer em todo o membro inferior, acompanhando o edema, tendo início só na perna e no pé, em todo o membro ou subindo a perna e atingindo a coxa. Edemas em um só membro e com início agudo têm grande chance de serem provocados pela trombose venosa. Às vezes, existe alteração de cor no membro, que pode ser uma discreta vermelhidão ou um arroxeamento.

TRATAMENTO ATUAL 

Em 70% dos pacientes com trombose venosa profunda, ela se desenvolve como complicação de uma operação cirúrgica, repouso, parto ou gravidez e trauma, sendo as cirurgias de joelho e de quadril as mais propensas ao surgimento de TEV, aumentando as possibilidades em 20 vezes. Os doentes colocados nessas circunstâncias têm diminuição do fluxo de sangue nas veias e alteração do sistema hemostático. Por isso, medidas profiláticas devem ser tomadas em pacientes com maior risco de trombose venosa profunda. A maior novidade na prevenção da doença está no uso de rivaroxabana. No Brasil, por ora, foi aprovada para uso nas cirurgias ortopédicas de grande porte.

Segundo estudos envolvendo mais de 12,5 mil pacientes no mundo, o princípio ativo se mostrou vantajoso frente às demais opções. “É um medicamento que permite ser administrado sempre com dose fixa, sem efeito cumulativo, reduz aumento das enzimas hepáticas, não tem interação alimentar ou medicamentosa, permite um pós-operatório mais rápido e tem elevada biodisponibilidade, já que é oral, o que também aumenta a adesão ao tratamento”, explica Jadelson Andrade, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

A rivaroxabana é um anticoagulante e age especificamente sobre o fator que atua na formação dos coágulos denominados de fator Xa. Ela reduz o risco de tromboembolismo venoso total em 70% dos casos de cirurgia de artroplastia total de quadril e em 50% na de joelho. Em todos os critérios de comparação, a substância foi mais efetiva que a enoxaparina, medicamento atualmente mais usado no procedimento. E com a vantagem de poder começar a ser administrado somente depois da cirurgia, enquanto a enoxaparina não.

A terapia-padrão também faz uso da varfarina, substância lançada há 50 anos, que, apesar de apresentar uma série de limitações, ainda é amplamente usada no mundo, por sua eficiência. “A varfarina limita o paciente, que não pode comer alimentos verdes, há interações com vários medicamentos (alguns inibindo e outros potencializando seu efeito), demanda rigoroso monitoramento da coagulação, às vezes a cada três dias. E até da dosagem, pois a eficácia do medicamento num mesmo organismo varia a cada dia”, explica Ricardo Pavanello, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo.
 
AVC 

A mesma abordagem terapêutica com anticoagulantes tem sido usada na prevenção e no tratamento de AVCs causados pela fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil. A fibrilação atrial cria um ambiente favorável ao aparecimento de coágulos dentro do coração. Isso ocorre porque o sangue não circula como deveria e, ao ficar parado, endurece. Esses coágulos saem do coração e podem chegar ao cérebro, entupir um vaso sanguíneo e provocar um AVC. A fibrilação está presente em 33% dos pacientes com AVC maiores de 60 anos. 

Os AVCs oriundos da fibrilação atrial são mais graves e com maior possibilidade de recorrência. Quando o acidente vascular cerebral é originado por fibrilação atrial, 75% das vítimas ficam severamente dependentes de cuidados de terceiros, com probablilidade de 50% de morte dentro de um ano. E o custo do tratamento é três vezes maior. O derrame é responsável por 40% de todas as aposentadorias precoces no país. Em termos econômicos, no Brasil, calcula-se que os gastos com assistência médica na hospitalização inicial de pacientes com derrame são de aproximadamente US$ 450 milhões. 

Os sintomas da fibrilação atrial são: palpitação, falta de ar, dor no peito, fadiga, desmaio súbito e tontura. “Hoje, podemos indicar o autoexame do pulso, que pode ser feito pelo paciente e ajudá-lo a identificar uma anormalidade no ritmo cardíaco, por exemplo. Essa anormalidade pode estar relacionada à fibrilação atrial, sobretudo nos indivíduos acima de 70 anos. Já os médicos conseguem fazer o diagnóstico com exames simples, como a checagem do pulso e a auscultação cardíaca, podendo confirmá-lo por meio de um eletrocardiograma de repouso”, pondera Ricardo. Fatores genéticos, idade, pressão alta, diabetes, colesterol alto, obesidade, sedentarismo e tabagismo aumentam as chances de desenvolvimento da doença. Só o cigarro eleva os riscos em seis vezes. O custo mensal do tratamento é de R$ 180.

COMO AGE 

A coagulação necessita de uma série complexa de reações químicas e sinais do corpo. Esse processo de reações químicas é muitas vezes citado como a “cascata de coagulação”. Um dos muitos fatores de coagulação é o  Xa, necessário para produzir a trombina, que promove a formação de coágulos sanguíneos. Uma molécula de fator Xa catalisa a formação de cerca de mil moléculas de trombina por meio do que é conhecido como “explosão da trombina”. A rivaroxabana age inibindo diretamente a segmentação do fator Xa e impedindo a explosão de trombina. A seletividade ao fator Xa tem sido comprovada como clinicamente significativa.


Fonte: Correio Braziliense – Saúde

Novos anticoagulantes

ATUALIZA��O EM TROMBOEMBOLISMO VENOSO


Workshops VTE Meeting 2012, Paris

Durante o VTE Meeting 2012 foram realizados 3 workshops de forma bem dinâmica, com a participação direta dos espectadores.

Sob a tutela dos professores Kakkar e Goldhaber, tivemos a discussão sobre a garantia da implementação de profilaxia de TEV. Todos os integrantes se reuniram em grupos onde foram descritas ações que poderiam garantir a profilaxia em cada serviço. Divididos em ações na instituição, profissionais, pacientes e pós-alta. Foram detalhadas as experiências próprias de vários hospitais do mundo e percebeu-se que os desafios são os mesmos, como o envolvimento da equipe, educação continuada, convencimento dos prescritores, esclarecimento aos pacientes. Não só a equipe, mas também o paciente deve ser responsável pela execução de sua segurança.

No segundo workshop se deu sob a coordenção dos Professores J. Harenberg e R Hull.

Prof Harenberg é Professor de Medicina e Hematologia no Departamento de Clínica na Universidade de Heidelberg, Alemanha. Trabalha há 30 anos em pesquisa sobre trombose e hemostasia em pacientes clínicos. Tem várias patentes em métodos de determinação de novos anticoagulantes e publicou mais de 200 papers.


Dr Russel Hull é Professor de Medicina no Departamento de Ciências da Sáude, na Faculdade de Medicina e Diretor da Unidade de Pesquisa em Trombose da Universidade de Calgary, Alberta, Canadá. Tem mais de 900 artigos publicados e é Editor-in-chief do jornal Clinical and Applied Thrombosis and Haemostasis.




Ambos direcionaram os participantes a respostas dinâmicas sobre o assunto "Escolha da profilaxia farmacológica apropriada na prática do mundo real". A partir das perguntas feitas pelos coordenadores, os participantes puderam usar de alta tecnologia ao responder, com suas respostas sendo visualizadas ao vivo na tela de projeção. Interessante que, entre as conclusões tiradas, observou-se que não há mais espaço para o uso de heparina não fracionada na profilaxia de TEV. Pacientes clínicos devem receber a prevenção até o momento de sua mobilização, tendo a necessidade de sua continuidade mesmo no pós-alta. Fato referendados pelos guidelines sobre o assunto.

No terceiro workshop, discutiu-se sobre a adaptação do tempo e duração da profilaxia na prática do mundo real, envolvendo casos clínicos de pacientes neurológicos com mau ou bom prognóstico. Esse assunto deve ser motivo de discussão e consenso clínico de acordo com cada serviço. Há consenso de que os pacientes devem receber profilaxia no momento de sua internação e as reavalições se darão de acordo com a evolução clínica e alta hospitalar. Coordenado pelo neurologista e Professor Gregory Albers, Stanford University, diretor da Stanford Stroke Center, responsável por múltiplos clinicals trials de agentes protetores e trombolíticos pra o tratamento de pacientes com AVC.


Dra Sylvia Haas, Professora de Medicina e por 30 anos Diretora do grupo de pesquisa em trombose e hemostasia do Institute for Experimental Oncology and Therapy Research da Universidade de Munich. Seu foco científico é o desenvolvimento de novas terapias anti-coagulantes, monitorização laboratorial de anti-coagulantes, biomarcadores e trombose associada a tumores.






Fotos e participação no evento: Dr Pablo Gusman, Anestesiador 

VTE 2012

Reunidos em Paris, especialistas da América do Sul, Europa, Ásia e Oriente Médio concentraram seus estudos em um grande momento científico: Venous Thromboembolism Expert´s Meeting. O tema, "O que pode ser mudado na prática?" tentou responder questões comuns a todo o mundo. O objetivo maior foi desenvolver métodos que pudessem unificar a prevenção contra a doença tromboembólica em várias partes do mundo.

Um dos chairmen foi Professor Lord Ajay Kakkar, professor de Cirurgia da University College London com inúmeras publicações de grande importância no assunto, sendo referência no mundo para a pesquisa sobre trombose. Seus trabalhos incluem a prevenção e tratamento de trombose venosa e arterial e câncer associado a trombose. Tornou-se Lord pela Rainha da Inglaterra em 2010.










O outro Chairman foi Professor Samuel Goldhaber, da Harvard Medical School é um dos Senior Staff Members da Divisão de Medicina Cardiovascular do Brigham and Women´s Hospital. Diretor do BWH Venous Thromboembolism Research Group, também presidente e diretor fundador da North American Thrombosis Forum.




   

Venous Thromboembolism Expert´s Meeting

Neste fim de semana acontece em Paris mais um evento Venous Thromboembolism Expert´s Meeting com profissionais de vários países discutindo o que há de novo na prevenção de TEV.

Estaremos lá e vamos publicar o que há de novidades no assunto!
Para ver a imagem com a programação em maior tamanho, clique nela.



Atul Gawande: How do we heal medicine?


Instituto Português de Oncologia, Dia do Tromboembolismo


Hoje, dia 24 de Maio, será assinalado, no Anfiteatro do IPO Lisboa, o Dia do Tromboembolismo, com o tema “Trombose Venosa Profunda (TVP) nós cuidamos”. Nesta sessão, será apresentado um conjunto de temas sobre prevenção e tratamento do Tromboembolismo, que contará com a presença de especialistas nesta temática.

O Tromboembolismo Venoso (TEV), nas suas apresentações mais frequentes, Trombose Venosa Profunda (TVP) e Embolia Pulmonar (EP) é uma complicação que pode ocorrer, durante ou após a hospitalização, tanto no doente médico como cirúrgico.

Constitui um importante problema de saúde pública, pelo seu impacto em termos de morbilidade, mortalidade, custos e consumo de recursos. A prevenção do TEV é uma das medidas com maior custo/eficácia da prática médica, razão pela qual a elaboração de programas para a sua prevenção constitui uma recomendação comum a todos os organismos internacionais responsáveis pela avaliação da qualidade das instituições de saúde.

Foi há mais de 50 anos que foi publicado o primeiro estudo mostrando que o tromboembolismo sintomático e fatal poderia ser reduzido com o uso de tromboprofilaxia. O TEV e as suas consequências no doente com cancro têm merecido, por parte das sociedades científicas que se interessam pela oncologia, a maior atenção.

Esta iniciativa pretende constituir um ponto de partida para a construção de uma política de tromboprofilaxia institucional que se harmonize com as recomendações publicadas nacional e internacionalmente.

Consulte aqui o programa.

I International Symposium on Patient Safety and Quality



29 de junho de 2012

08h30 - 12h | Curso - Modelo mental e segurança do paciente Um "currículo mínimo" para segurança do paciente o uso dos dados para efetiva implantação de melhorias engajando a Liderança – princípios de liderança com foco na segurança do paciente

13h30 – 14h30 | Conferência Segurança do Paciente: cenário Nacional

14h30 – 15h30 | Mesa redonda Experiências Nacionais: como monitorar processos de risco – Setor Privado Sistema Einstein de Gerenciamento e Vigilância do Risco: processo de identificação e monitoramento dos principais processos de risco ANAHP: estruturação de um sistema de benchmarking  

16h00 - 17h00 | Mesa redonda Experiências Nacionais: como monitorar processos de risco – Setor Público Sistema de notificações e tratamento de riscos a Segurança do Paciente no contexto público Atenção primária: os desafios da implantação da cultura de segurança

30 de junho de 2012

08h30 - 09h30 | Conferência Segurança do Paciente: conhecendo e manejando os fatores humanos relacionados aos eventos adversos

10h00 - 11h30 | Painel: O que de fato faz diferença para a melhoria da Segurança do Paciente? Como medir desempenho do serviço sob a perspectiva da segurança do paciente? Cuidado centrado no paciente: "O paciente em primeiro lugar" O treinamento melhora cuidados e a segurança do paciente? Visita multiprofissional e Handover – a experiência da UTI do Einstein

11h30 - 12h30 | Conferência Qual o custo dos eventos adversos?

Mais detalhes direto no link do evento!

Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis, 9th ed



Chest, February 2012; 141 (2 suppl)


Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines


Alguns artigos da revista estão aqui: Download