Tratamento e prevençao de trombocitopenia induzida por heparina

 2012 Feb;141(2 Suppl):e495S-530S. doi: 10.1378/chest.11-2303.

Treatment and prevention of heparin-induced thrombocytopenia: Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines.

Abstract

BACKGROUND:

Heparin-induced thrombocytopenia (HIT) is an antibody-mediated adverse drug reaction that can lead to devastating thromboembolic complications, including pulmonary embolism, ischemic limb necrosis necessitating limb amputation, acute myocardial infarction, and stroke.

METHODS:

The methods of this guideline follow the Methodology for the Development of Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis Guidelines: Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians Evidence-Based Clinical Practice Guidelines in this supplement.

RESULTS:

Among the key recommendations for this article are the following: For patients receiving heparin in whom clinicians consider the risk of HIT to be > 1%, we suggest that platelet count monitoring be performed every 2 or 3 days from day 4 to day 14 (or until heparin is stopped, whichever occurs first) (Grade 2C). For patients receiving heparin in whom clinicians consider the risk of HIT to be < 1%, we suggest that platelet counts not be monitored (Grade 2C). In patients with HIT with thrombosis (HITT) or isolated HIT who have normal renal function, we suggest the use of argatroban or lepirudin or danaparoid over other nonheparin anticoagulants (Grade 2C). In patients with HITT and renal insufficiency, we suggest the use of argatroban over other nonheparin anticoagulants (Grade 2C). In patients with acute HIT or subacute HIT who require urgent cardiac surgery, we suggest the use of bivalirudin over other nonheparin anticoagulants or heparin plus antiplatelet agents (Grade 2C).

CONCLUSIONS:

Further studies evaluating the role of fondaparinux and the new oral anticoagulants in the treatment of HIT are needed.

Uso de contraceptivo oral e riscos vasculares

Hormonal contraception in women at risk of vascular and metabolic disorders: Guidelines of the French Society of Endocrinology

Desafio do manejo do paciente oncológico e risco de TEV

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA por Dr Drauzio Varela

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Trombose venosa profunda é uma doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas. Na maior parte das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou batata da perna, mas pode também instalar-se nas coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores.
O desprendimento do coágulo pode provocar complicações a curto ou longo prazo. A curto prazo, ele pode deslocar-se até o pulmão e obstruir uma artéria. Esse episódio é chamado de embolia pulmonar e, conforme o tamanho do coágulo e a extensão da área comprometida, pode ser mortal.
A longo prazo, o risco é a insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-flebítica, que ocorre em virtude da destruição das válvulas situadas no interior das veias encarregadas de levar o sangue venoso de volta para o coração.
Causa
A principal causa da trombose venosa profunda é a imobilidade prolongada, comum não só nas viagens aéreas e terrestres que obrigam a pessoa a ficar sentada por horas na mesma posição (por isso, a doença ficou conhecida impropriamente como síndrome da classe econômica), mas também nos casos de permanência no leito em repouso por doenças e depois de cirurgias. Lesões nos vasos e desequilíbrio nos fatores de coagulação do sangue também são responsáveis pela formação de trombos.
Sintomas
A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando aparecem, podem envolver:
* Edema, dor, calor, rubor (vermelhidão) e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo são os principais sintomas da embolia pulmonar;
* Edema (inchaço), cor mais escura da pele, endurecimento do tecido subcutâneo, eczemas, úlceras são sintomas característicos da síndrome pós-flebítica.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico é estabelecido com base nos sintomas e nos fatores de risco e confirmado por exames de laboratório e de imagem, como a ressonância magnética, a flebografia e o ecodoppler colorido.
Quanto mais precocemente for feito e mais cedo introduzido o tratamento, maior a possibilidade de reverter o quadro e evitar complicações e sequelas.
Fatores de risco
* Predisposição genética;
* Idade acima de 40 anos;
* Obesidade;
* Gravidez e pós-parto;
* Câncer;
* Uso de anticoncepcionais;
* Hormonoterapia;
* Dificuldade de deambulação;
* Traumas;
* Veias varicosas;
* Tabagismo;
* Cirurgias de longa duração;
* Insuficiência cardíaca e/ou respiratória;
* Viagens aéreas ou terrestres que obriguem o passageiro a ficar sentado por muitas horas;
* Desidratação.
Prevenção
Manter o peso dentro dos limites saudáveis, não fumar, restringir o consumo de bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos são medidas importantes para prevenir a formação de trombos.
Pessoas com predisposição a desenvolver trombos precisam movimentar-se tão logo seja possível nas viagens que pressupõem longos períodos de imobilização, depois de cirurgias e quando tiverem necessidade de permanecer em repouso por muito tempo. Usar meias elásticas e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de medicamentos para dormir são medidas que também ajudam a prevenir a formação de coágulos.
Tratamento
O objetivo do tratamento da trombose venosa profunda é evitar a formação de coágulos ou, se eles já se instalaram, promover sua reabsorção pelo organismo. Para tanto, pode-se contar com os medicamentos anticoagulantes (heparina e warfarina), e os fibrinolíticos que ajudam a dissolver os trombos.
Alguns casos requerem intervenção cirúrgica.
Recomendações
* Esteja atento às alterações que a trombose venosa profunda pode provocar, especialmente se tem predisposição para a doença ou esteve exposto a fatores de risco que favorecem a formação de trombos;
* Não se automedique. Procure imediatamente assistência médica se suspeitar que desenvolveu um trombo;
* Evite o consumo de bebidas alcoólicas e de remédios para dormir quando for obrigado a permanecer sentado por muito tempo;
* Use roupas e calçados folgados e confortáveis;
* Aproveite todos os pretextos para mudar de posição ou movimentar-se durante as viagens;
* Faça exercícios de rotação, flexão e extensão com as pernas e os pés enquanto estiver viajando;
* Comece a caminhar tão logo as condições físicas permitam depois de uma cirurgia, dos períodos de imobilidade prolongada em virtude de problemas de saúde ou de muitas horas de viagem ;
* Use meias elásticas;
* Beba muito líquido para evitar a desidratação.