Causas: Tipos de Trombose
Causas: Tipos de Trombose
O tipo de trombose é definido pela sua origem, o que a desencadeou. Uma cirurgia, uma ocorrência traumática, heditariedade, etc.
Quem pode ter trombose? Quais as suas causas?
Fatores de Risco:
Os fatores de risco da trombose venosa podem ser de natureza genética, definidos pela hereditariedade (pai, mãe e avós), ou após eventos ocorridos durante a vida do paciente, como traumas e cirurgias - são os fatores de risco adquiridos.
A hereditariedade terá uma influência maior ou menor quanto mais ascendentes tiverem uma história de doenças venosas.
Os fatores adquiridos estão relacionados ao estilo de vida de cada paciente. Incluem a posição predominante de trabalho, obesidade, tabagismo, gestações, doenças associadas, atividade física, etc.
A velocidade e a intensidade de aparecimento dos sinais e sintomas de doenças venosas em um determinado paciente é o resultado da soma dos fatores genéticos e adquiridos.
Estima-se que mais de 60% da predisposição de uma pessoa a desenvolver um quadro de trombose venosa esteja associada a componentes genéticos do sangue defeituosos que, no seu conjunto, são conhecidos como Trombofilia.
Fatores de risco genéticos:
Síndrome de May-Thurner - Uma artéria comprime a veia ilíaca esquerda. A veia fica "presa" entre a artéria e a coluna, causando seu estreitamento e dificultando a passagem do sangue. É detectada principalmente nas mulheres, dos 20 aos 40 anos, quando apresentam dor, sensação de peso, inchaço na perna ou pé esquerdo. Também chamada de Cokett. Leia mais aqui.
Trombofilias - São alterações muito específicas de alguns componentes do sangue, que participam no processo de formação de um coágulo. Por causa dessas alterações, estas pessoas tem uma tendência maior para desenvolver o quadro de trombose quando outros fatores aparecerem (cirurgia, parto, etc).
Fatores de risco adquiridos:
Idade - Muito baixa a probabilidade de TVP antes dos 40 anos, e alta após os 70.
Tabagismo - Aumenta bastante a ocorrência de complicações.
Cirurgias - Cirurgia Geral (como a abdominal, apêndice, etc), tem o risco de 19%; cirurgia neurológica, 24%; ortopédica(cirurgia do quadril, por exemplo para colocar prótese), 61%.
Trauma - 58% dos pacientes traumatizados apresentam algum tipo de trombose (acidente de carro, acidente de moto, etc).
Viagem prolongada - Conhecida como "Trombose do Viajante" por causa dos longos períodos sentados em assentos com pouco espaço, seja no avião, carro ou ônibus.
Gravidez e Pós-parto - A trombose é 5 vezes mais provável nestas condições. Ela ocorre de 2 a 6 casos de TVP para cada 1000 partos.
Imobilidade temporária ou permanente - Nas imobilizações (fatura de braço, perna, etc) por menos de 7 dias, o risco de trombose é de 15%. Acima de 7 dias, chega a 80%, sendo a principal causa da trombose venosa profunda.
TVP ou EP (Embolia Pulmonar) anteriores - Aumenta em até 3 vezes a possibilidade de uma nova trombose. É o maior fator de risco para um novo episódio.
Neoplasias (Câncer) - 15% com neoplasia vão ter trombose. Sendo o adenocarcinoma o tipo de tumor mais frequente.
Anticoncepcionais - Aumenta em até 3 vezes a possibilidade de Trombose. Se estiver associado a algum fator genético (Trombofilia), a probabilidade é 50 vezes maior.
Reposição hormonal - O etinil-estradiol em doses maiores que 50ug/dia em certos concepcionais, aumenta a probabilidade de trombose.
Insuficiência Cardíaca -Pacientes sem história de infarto apresentam uma incidência geral de trombose em até 10% dos casos. Na presença de infarto cardíaco esta incidência chega a 40%.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) - Está relacionada ao fator de risco e imobilização prolongada.
Infecção - Quando associada a qualquer um dos outros fatores de risco, aumenta em 2 vezes a possibilidade de trombose.
Quimioterapias - Aje aumentando os riscos por causa das alterações e efeitos colaterais na composição do sangue.
Varizes - Em pacientes cirúrgicos, aumenta a probabilidade de trombose pelas alterações do fluxo sanguíneo normal.
Obesidade mórbida -Aumentos superiores a 175% do peso ideal, levam a uma incidência de trombose venosa profunda de até 48%. Enquanto abaixo do 175% levam a incidência menor que 24%.
Doenças renais - Insuficiência Renal, altera a composição do sangue favorecendo a formação do Trombo.
Doenças inflamatórias intestinais - A retocolite ulcerativa está associada a uma maior incidência de trombose.
Fonte: http://trombosevenosa.com.br
Sintomas: Diagnóstico de Trombose Venosa Profunda
Sintomas: Diagnóstico de Trombose Venosa Profunda
Sinais e sintomas da trombose. O paciente pode ajudar muito no diagnóstico, se chegar na consulta com um relato do que está observando no seu corpo e no seu dia-a-dia.
Sinais e Sintomas
Evitar a peregrinação por diversos especialistas até um diagnóstico correto é o sonho de qualquer paciente. Significa também reduzir o tempo entre o aparecimento da doença e o tratamento, que por sua vez será eficaz e seguro. Prestar atenção nas alterações que o corpo está apresentando é um passo importante nesta etapa do diagnóstico.
O médico depende muito de todas as informações passadas pelo paciente durante a consulta, para dirigir seu raciocínio na direção do diagnóstico correto.
Estas informações são chamadas:
a) Sinais: todas as alterações que podem ser identificadas no exame físico, por exemplo:
- inchaço
- varizes
- palidez
- cianose (cor azulada)
b) Sintomas: todas as queixas relacionadas à doença e que não são identificadas no exame físico:
- dores
- dificuldades de locomoção
Nas doenças venosas, os sinais e sintomas permitem a identificação precisa das alterações funcionais.
É simples: considerando que nossas pernas são constituídas basicamente de pele, tecido subcutâneo (gordura), músculos, tendões, articulações, ossos, nervos e vasos sanguíneos, qualquer problema deve estar relacionado a uma destas estruturas.
Procure identificá-los corretamente, conforme o local, intensidade, irradiação para outras partes do corpo, fatores de melhora e de piora, relação com atividades físicas e com o trabalho, etc. Se necessário, escreva em um caderno ou diário, especialmente se os sinais e sintomas variarem durante um dia ou na semana. Estas anotações também evitam esquecer algum detalhe que às vezes pode ser a diferença na identificação do problema.
Traga estas anotações para as consultas, junto com todas as perguntas e dúvidas que tiver sobre seu problema. De maneira geral, estas medidas ajudarão muito seu médico e você a tratar sua doença.
Sinais e Sintomas na Trombose Venosa:
É muito importante pensar na possibilidade de Trombose Venosa quando existirem sintomas importantes nas pernas, principalmente quando sabemos que em até 50% dos casos de TVP os pacientes não tinham qualquer sintoma ou queixa. Também é fundamental saber se os sintomas e sinais apareceram quando a pessoa estava bem, fazendo sua atividade diária normal, ou estava exposta à uma das diversas situações de risco, com por exemplo uma cirurgia, imobilizada, no pós-parto, etc.
Os sinais e sintomas mais importantes e comuns da Trombose Venosa são a dor na perna, e que às vezes começa na região da virilha, e que pode aparecer em repouso ou quando a pessoa anda ou movimenta a perna; o inchaço (edema) de parte ou de todo o membro comprometido é também bastante comum e se aparecer em apenas uma perna, aumenta ainda mais a suspeita de TVP. Como este aumento do volume da perna também é conseqüência de acúmulo de líquidos na musculatura, as pessoas normalmente se queixam também de dor quando apertamos e palpamos a musculatura, por causa da compressão dos nervos que passam por entre estes músculos.
Quando examinamos os pacientes com TVP, encontramos normalmente sinais como veias superficiais da pele dilatadas, aumento das circunferências medidas da perna doente em relação à outra perna (medimos no tornozelo, na panturrilha e na coxa, dos dois lados), palidez ou cianose (cor azulada) da pele e eventualmente dor quando palpamos o trajeto da veia que suspeitamos ser o local principal da formação da trombose.
Embora alguns pacientes procurem o médico com um quadro clínico bastante evidente, existem condições onde o diagnóstico pode ser mais difícil. Mesmo assim, o cirurgião vascular, utilizando dados da história pessoal e familiar, análise de fatores de risco conhecidos, exame físico, probabilidades de outros diagnósticos de outras doenças e a avaliação por meio de um índice de score, são perfeitamente capazes de classificar o paciente num grupo de baixa, média ou alta probabilidade de ter trombose venosa profunda.
O Índice de Score de Wells, de 1997, utiliza características clínicas para estabelecer esta probabilidade somando-se o score da tabela:
As outras causas que podem confundir no diagnóstico da trombose são:
- Tromboflebite superficial
- Síndrome Pós-trombótica (trombose antiga)
- Cisto de Baker (cisto atrás dos joelhos)
- Hematomas musculares por ruptura no exercício
- Linfedema
- Erisipelas
- Edema sistêmico (doenças cardíacas ou renais)
- Compressões venosas
Os exames diagnósticos utilizados para identificar a trombose venosa são o ultrassom duplex, a dosagem do D-dimer (método ELISA) e a flebografia.
Existem diversas metodologias de condução de um caso suspeito de trombose venosa. Uma delas é descrita abaixo:
Fonte: http://trombosevenosa.com.br
Trombose :Como é o tratamento ?
O que é a Trombose Venosa?
Definição
As veias são os vasos do sistema circulatório que trazem o sangue de volta ao coração, depois que as artérias levaram este sangue oxigenado a todos os órgãos do corpo:
Sistema Circulatório = Sistema Arterial + Sistema Venoso
O coágulo sanguíneo representa a transformação do sangue da sua forma líquida em sólida, através de diversas reações químicas dos componentes sanguíneos (proteínas, hemácias, etc.).
O trombo é o termo utilizado para definir a formação de um coágulo do próprio sangue de uma pessoa dentro de seus próprios vasos - daí o termo Trombose.
A trombose venosa representa a formação deste coágulo (trombo) dentro das veias (sistema venoso) desta pessoa. O trombo impede a passagem e o fluxo normal do sangue naquele vaso, criando um grave problema para todo o sistema circulatório.
O que é Trombose Venosa Profunda?O trombo é o termo utilizado para definir a formação de um coágulo do próprio sangue de uma pessoa dentro de seus próprios vasos - daí o termo Trombose.
A trombose venosa representa a formação deste coágulo (trombo) dentro das veias (sistema venoso) desta pessoa. O trombo impede a passagem e o fluxo normal do sangue naquele vaso, criando um grave problema para todo o sistema circulatório.
A TVP (Trombose Venosa Profunda) significa que o coágulo está localizado nas veias profundas (internas) das pernas.
Quando é considerada Aguda ou Crônica?
Ela pode ser aguda quando o tempo entre a formação do coágulo e o diagnóstico não ultrapassa duas semanas. A partir da 3ª semana, ela passa a ser considerada crônica, por causa das transformações que acontecem no coágulo - ele se torna uma fibrose (como se fosse uma cicatriz) dentro da veia.
Quantas pessoas tem essa doença no mundo?
Incidência
Estudos de diversos países indicaram que a incidência de trombose venosa na população é de 1.5%, sendo a TVP (Trombose Venosa Profunda) a 3ª causa mais comum de doenças do sistema cardiovascular.
São identificados 300.000 novos casos de trombose venosa aguda todos os anos, levando a aproximadamente 600.000 internações hospitalares por ano.
São identificados 300.000 novos casos de trombose venosa aguda todos os anos, levando a aproximadamente 600.000 internações hospitalares por ano.
Texto e video: Dr. Franciso Osse
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